top of page
Bolha.png

O menino da bolha de plástico

Anna Flávia Candido¹, Camile Araújo¹, Julia Rodrigues Barros¹, Kaique Bruno da Silva Paixão¹, Luiza Cristina¹, Mariana Almeida¹, Maria Vitória¹, Nayara Ferreira¹, Yago Nunes²

¹Graduandos do curso de Bioquímica (UFSJ-CCO)

²Graduando do curso de Medicina (UFSJ-CCO)

v.2, n.4, 2024
Abril de 2024

A imunodeficiência severa combinada (SCID) é uma doença caracterizada por uma deficiência do sistema imunológico, o sistema responsável pela defesa do organismo. A criança portadora da doença não produz linfócitos (células brancas de defesa) funcionais, o que a torna mais suscetível a infecções [1].

A SCID é uma doença genética e todas as suas formas estão ligadas a patologias monogênicas (ou seja, que se devem a alterações no DNA em região de um só gene): autossômicas (a alteração de DNA é nos cromossomos não sexuais), recessivas (é preciso herdar a mutação no cromossomo oriundo de ambos os pais), ou recessivas ligadas ao X (a alteração é no DNA do cromossomo X). Neste último cenário, a doença que afeta bebês do sexo masculino, visto que para afetar as mulheres os homens com SCID deveriam sobreviver até a idade reprodutiva e gerarem filhos[1].

 

A SCID é, portanto, um grupo heterogêneo de alterações genéticas, e possui incidência de cerca de 1 em 40.000 a 75.000 recém nascidos; é observada e diagnosticada já nos primeiros meses de vida [1].

Em 21 de setembro de 1971 nasceu David Joseph Vetter portador da SCID devido a uma mutação no gene chamado IL2RG. O menino viveu 12 anos em um ambiente estéril semelhante a uma bolha de plástico (Figura 1) com o objetivo de evitar que contraísse infecções e outras doenças, visto que a David apresentava prejuízo à resposta imune (realizada com a participação dos linfócitos). Durante sua vida, cientistas desenvolveram uma roupa especial para que o garoto pudesse sair da bolha. David Vetter morreu em 22 de fevereiro de 1984, após receber um transplante de medula óssea, na tentativa de curá-lo, de sua irmã Katherine; porém a mesma possuía o vírus Epstein-Barr latente, o que não foi identificado na triagem antes do transplante. Devido à sua “imunodeficiência”, David faleceu em decorrência de sua incapacidade de combater o vírus [1-3].

Bolha.png

No dia 1º de novembro de 1976 foi lançado o filme “O menino da bolha de plástico”, inspirado na história de David Joseph Vetter e estrelado por John Travolta [4].

Referências Bibliográficas

[1] Cossu F. Genetics of SCID. Italian Journal of Pediatrics, v. 36, p. 1-17, 2010.

[2] Globo. Caso do menino da bolha. Disponível através do link: <https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/jornalismo-e-telejornais/fantastico/reportagens/noticia/caso-do-menino-da-bolha.ghtml>. Acesso em: 09 abr. 2024.

[3] Coelho P. O menino que vivia em uma bolha: A triste história de David Vetter. Disponível através do link: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/o-menino-que-vivia-em-uma-bolha-triste-historia-de-david-vetter.phtml>. Acesso em: 09 abr. 2024.

[4] Cineplayers. O Menino da Bolha de Plástico (1976). Disponível através do link: <https://www.cineplayers.com/filmes/o-menino-da-bolha-de-plastico>. Acesso em: 09 abr. 2024.

bottom of page