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Exame de toque retal

Antonio Lucas Oscar da Penha de Mattos¹, Bruna Pires Rodrigues¹, Carolina Souza Rabelo Ferreira¹, Filipe Henrique Souza², Higor Tavares Guimarães³, Isabele Rumblesperger Gomes¹, Mitzy Stephanny Machado⁴, Pedro Henrique de Castro Silva⁴

¹Graduandos do curso de Enfermagem (UFSJ-CCO)

²Graduando do curso de Medicina (UFSJ-CCO)

³Graduando do curso de Bioquímica (UFSJ-CCO)

 ⁴Graduandos do curso de Farmácia (UFSJ-CCO)

v.2, n.3, 2024
Março de 2024

A saúde pode ser considerada nosso bem maior por seu valor incalculável, e pelo fato de não poder ser comprada. E para manter-se saudável, é preciso entender como o corpo funciona, a fim de cuidar bem dele. O câncer de próstata tem sido destacado como um dos tipos de câncer mais frequentes em homens, propenso a aumentar o número de casos junto com o crescimento da expectativa de vida [1].

Em números, é tido como o sexto tipo de câncer mais comum no mundo e este tem sido o mais predominante nos homens, correspondendo a cerca de 10% do total dos casos de câncer. Seu índice de ocorrência é aproximadamente de seis vezes superior nos países com maior desenvolvimento se comparado aos países em desenvolvimento [1].

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é pequena, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso). A próstata (Figura 1) envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozoides, liberado durante o ato sexual [4].

Desse modo para que o homem tenha cuidados com sua saúde é preciso levar em consideração a importância de submeter-se ao exame de toque retal como estratégia de prevenção ao câncer de próstata e diagnóstico precoce no caso de ocorrência deste [5].

É fundamental a realização do exame de toque retal, que permite diagnosticar com precisão  a doença na  próstata.  O exame é rápido,  e realizado em consultório médico, de modo ético, por um urologista. Dura poucos segundos e não há outro exame que possa substituí-lo com eficiência. O toque detecta o câncer com mais eficácia do que propriamente o exame de PSA (dosado em amostra de sangue) realizado em laboratórios de análises clínicas [3].

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Ao fazer o exame, o médico busca estabelecer algumas características da próstata: como dimensão, aspecto de superfície e forma. Isso possibilita que ele possa definir se existe qualquer alteração que possa significar risco e que motive etapas seguintes como a realização de exames de imagem [3].

No entanto existe resistência por parte de alguns homens com relação a submeterem-se ao exame. Isto porque o toque, que envolve penetração, pode estar associado à dor, tanto física quanto simbólica, que se associa também à violação “mesmo que o homem não sinta a dor no mínimo experimenta o desconforto físico e psicológico de estar sendo tocado, numa parte interdita” [6].

Outro medo considerado relevante para justificar a resistência é a da possível ereção que pode surgir a partir do toque e ser vista como indicador de prazer. No imaginário masculino, “a ereção pode estar associada tão fortemente ao prazer que não se consegue imaginá-la apenas como uma reação fisiológica”[6].

Esses fatores podem ser os responsáveis pelo não comparecimento dos homens para a realização do procedimento, o que pode causar retardo do diagnóstico, podendo ser importante causa de aumento do números de casos de câncer de próstata diagnosticados já em estágios mais avançados (geralmente com sintomas que motivam a ida ao médico).

 

Os fatores responsáveis pelo diagnóstico tardio da doença envolvem: falta de informação da população; preconceito a respeito do exame preventivo que é realizado pelo toque retal; inexistência de outros procedimentos específicos e sensíveis que possam detectar o tumor em fase microscópica, e dificuldade de implantação de rotinas abrangentes, programadas nos serviços de saúde públicos e privados que favoreçam a detecção precoce do câncer de próstata.

Referências Bibliográficas

[1] da Silva, MJS. ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. 2017.

[2] Sarris AB et al. Câncer de próstata: uma breve revisão atualizada. Visão Acadêmica. 2018; 19(1): 15-19.

[3] INCA. Câncer de Próstata. Disponível através do link: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/prostata. Acesso em: 05 mar. 2024.

[4] Ferreira JB. Exame de toque retal como prevenção ao câncer de próstata: uma revisão de literatura. 2019.

[5] Gomes R et al. A prevenção do câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva. 2008; 2008: 235-246.

[6] Lima ACF et al. Conhecimento dos trabalhadores de uma universidade privada sobre a prevenção do câncer de próstata. Cogitare Enfermagem. 2007; 12(4): 1-12.

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