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Em foco:
FIOCRUZ

Felipe Silva Mesquita, Gabriel Henrique Silveira Andrade, Geicielly da Costa Pinto, Lorrayne dos Santos, Marina Carvalho de Faria, Vitor de Morais Santos, Vitor Hugo Passos Monteiro

Graduandos do curso de Farmácia (UFSJ-CCO)

v.2, n.3, 2024
Março de 2024

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) surgiu na década de 90 como Instituto Soroterápico Federal. Nasceu como solução à uma crise sanitária da época causada pela epidemia de peste bubônica do porto de Santos para o Rio de Janeiro, que na época era a capital do país. Seu propósito consistia na substituição de produtos importados e aprimoramento tecnológico de soros e vacinas [1].

 

O nome Fundação Oswaldo Cruz é uma homenagem a Oswaldo Gonçalves Cruz (Figura 1), médico e sanitarista brasileiro, importante nome da medicina experimental no Brasil, nascido em São Luís do Paraitinga (SP), em 5 de agosto de 1872. Ele concluiu o curso de Medicina e doutorou-se defendendo a tese “ Veiculação Microbiana pelas Águas”. No início do século XX foi nomeado diretor geral da Saúde Pública do país, com o intuito de erradicar algumas moléstias como a febre amarela, a peste bubônica e a varíola na capital. Após assumir o cargo, criou  um rigoroso e histórico programa de combate à essas endemias, com: o isolamento dos doentes, a polêmica vacinação obrigatória e brigadas de "mata-mosquitos" (as quais eram executadas por guardas sanitários que percorriam as residências eliminando focos do mosquito vetor da febre amarela). Esse programa causou revolta em seus opositores, nos jornais da época, e a revolta da população carioca. Acredita-se que essa resposta negativa ocorreu por falta de esclarecimento populacional da importância desse programa para saúde pública brasileira e para o fim dessas doenças na capital [2]. 

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Figura 1: FIOCRUZ.

Fonte:https://www.celso-fotos.blogspot.com

Em 1902 conseguiu reunir uma excelente equipe de jovens pesquisadores, com os quais fez a instituição atingir elevado nível como centro de fabricação de vacinas e de medicina experimental.

 

Além disso, a instituição Fiocruz (Figura 2) é considerada a maior entidade de saúde da América Latina. Essa conquista se deve à criação de novos institutos e unidades de produção, fazendo a instituição se tornar cada vez mais sólida e organizada. Estas conquistas só foram possíveis graças a políticas públicas para formar centros organizacionais na área da saúde. No entanto, diversos impasses políticos também provocaram alterações nestas políticas, o que afetou diretamente a instituição de maneira negativa [3,4].  

 

Um outro fato interessante sobre a Fundação é sua organização no que se diz respeito à gestão de seus setores que são a pesquisa, o ensino, a produção de novas tecnologias (como a produção de novas vacinas), informação a população e outros serviços de referência. A Fiocruz afirma que  a base  dos  seus  trabalhos  foi e continuará  sendo  a  saúde,  ou  seja, novas pesquisas, inovações e tecnologias para melhorar a saúde da população [5].  

Além disso, a Fundação assume posição de liderança de redes em saúde no país, pois apoia o SUS, servindo de centro de referência assistencial e diagnósticos, além de atuar na área da informação, educação e comunicação em saúde. Há quem considere a Fiocruz o instituto nacional de saúde pública do Brasil, executando funções que em outros países estão distribuídas entre várias instituições. Assim sendo, é de suma importância a sua existência para o nosso país [5].

Referências Bibliográficas

[1] Marchiori P, Gadelha P. Fundação Oswaldo Cruz: experiência centenária em biologia e saúde pública. Brasil: Fundação Oswaldo Cruz, 2003. 

[2] JBPML. Oswaldo Cruz - Nossa Capa. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial. 2002; 38(2): 75. Disponível através do link: https://www.scielo.br/j/jbpml/a/MrD9FbtrrPBQd6fMCkrV3Kj/?format=pdf&lang=pt

[3] SCHWARTZMAN, Simon. Um espaço para a ciência: a formação da comunidade científica no Brasil. Brasília, DF: MCT, 2001.

[4] Rezende F. O crescimento (descontrolado) da intervenção governamental na economia brasileira. In: de Lima Junior OB, Abranches SH (Org.). As origens da crise: Estado autoritário e planejamento no Brasil. Rio de Janeiro: Vértice/Iuperj. 1987.

[5] Buss PM, Gadelha P. Fundação Oswaldo Cruz: experiência centenária em biologia e saúde pública. São Paulo Em Perspectiva. 2002; 16(4): 73–83.

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