
Câncer de pele
João Victor Andrade¹, Isabelly Rossi Ferreira¹, João Pedro Pires de Castro², Karine da Silva Souza², Antonio Lucas Oscar da Penha de Mattos², Anne Caroliny Teles dos Santos³, Daniela Cristina Alves Barbosa³, Jéssica Lara Vargas Oliveira³
¹Graduandos do curso de Bioquímica (UFSJ-CCO)
²Graduandos do curso de Enfermagem (UFSJ-CCO)
³Graduandas do curso de Farmácia (UFSJ-CCO)
v.3, n.10, 2025
Outubro de 2025
O câncer de pele é o mais comum no Brasil, representando cerca de 31,3% dos casos de câncer no país. Ele se manifesta de duas formas: o câncer de pele não melanoma (CPNM) e o melanoma (CPM), sendo o não melanoma o mais frequente. O CPNM se desenvolve nas células que não produzem melanina, substância responsável pela pigmentação da pele; é caracterizado pelo crescimento localizado e lento e baixa possibilidade de metástase (disseminação para outras partes do corpo). O CPM, contrariamente, possui alto risco de metástase, crescimento rápido e evolui de uma pinta pré-existente [1-3].
Por ser uma doença causada por diversos fatores, tanto ambientais (como exposição à radiação ultravioleta (UV) - Figura 1- presente por exemplo na luz solar) quanto genéticos (como histórico familiar), e pelo número de pessoas acometidas o câncer de pele é tema constante de pesquisas. Esta buscam compreender suas causas e desenvolver tratamentos eficazes [4]. A doença, muitas vezes, se desenvolve de forma silenciosa. Caso não haja um cuidado com a autoavaliação da pele, seguido da realização de exames laboratoriais, o diagnóstico pode ser tardio. Entre os principais fatores de risco estão: lesões na pele, histórico familiar de câncer de pele e exposição excessiva à luz solar sem a devida proteção (sem protetor solar) [3]. O descuido e o desconhecimento sobre a doença contribuem significativamente para o aumento dos casos. Logo, a detecção e o tratamento precoces são fundamentais.
Alguns sinais de alerta que podem indicar risco, são as lesões pré-malignas, como aquelas causadas pela exposição prolongada ao sol, além de manchas ou pintas com formatos, cores ou tamanhos irregulares [4]. Quando a doença já está instalada, os sintomas incluem: lesões na pele com aparência elevada e brilhante, formação de pintas pretas ou marrons que mudam de formato, cor e tamanho, além de feridas que não cicatrizam (Figura 2) [5].
A exposição prolongada à luz solar sem proteção é um dos fatores envolvidos no desenvolvimento de câncer de pele que pode ser mais facilmente evitado pelos indivíduos. Mas também são fatores que contribuem para a doença cor da pele clara, doenças raras na pele e imunidade comprometida [6]. Além disso, estudos recentes indicam que a ingestão e a presença de níveis elevados de microplásticos no organismo podem estar associadas a um aumento na incidência de câncer [7].

Figura 1: Tipos de lesões e manchas que ocorrem no câncer de pele.
Fonte: https://www.interpele.com.br/dermatologia/cancer-de-pele/

Figura 1: Diferença da absorção dos raios UV de uma pele com e sem protetor.
Em casos confirmados existem diferentes opções de tratamento, geralmente adotando uma abordagem multidisciplinar. A cirurgia é uma das mais utilizadas, especialmente nos estágios iniciais e em áreas com alta taxa de recorrência. Esse procedimento, frequentemente realizado por dermatologistas, apresenta baixo risco e proporciona uma recuperação rápida e tranquila. No entanto, em casos mais complexos, são indicadas terapias complementares ou alternativas, como a radioterapia, a terapia fotodinâmica e a criocirurgia, escolhidas de acordo com as características do tumor e as condições clínicas do paciente [6].
O câncer de pele, embora apresente tratamentos relativamente simples quando diagnosticado precocemente, exige atenção e cuidado, devido ao risco de metástase em casos não tratados. A prevenção e a conscientização da população são fundamentais para reduzir a incidência. Diante dos múltiplos fatores de risco e das diferentes formas de manifestação, torna-se evidente a necessidade de investimento contínuo em pesquisas para aprimorar-se os métodos de diagnóstico e tratamento.
Referências Bibliográficas
[1] Instituto Nacional de Câncer. 2022. INCA estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025. Disponível através do link: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2022/inca-estima-704-mil-casos-de-cancer-por-ano-no-brasil-ate-2025. Acesso em: 07 out. 2025.
[2] Silva Jda et al. Câncer de pele: conhecendo e prevenindo a doença. Disponível através do link: https://rdcsa.emnuvens.com.br/revista/article/view/717. Acesso em: 07 out. 2025.
[3] Araujo LA; Reis BCC. Análise da detecção precoce do câncer de pele: uma revisão da literatura. Disponível através do link: https://acervomais.com.br/index.php/medico/article/view/10030. Acesso em: 07 out. 2025.
[4] Carminate CB et al. Detecção precoce do câncer de pele na atenção básica. Disponível através do link: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/8762. Acesso em: 07 out. 2025.
[5] Sociedade Brasileira de Dermatologia. Câncer de pele: tipos, principais sintomas, tratamento e prevenção. Disponível através do link: https://www.sbd.org.br/doencas/cancer-da-pele/. Acesso em: 07 out. 2025.
[6] Instituto Vencer o Câncer. Tratamento do câncer de pele. Disponível através do link: https://vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/melanoma-cancer-de-pele-o-que-e/melanoma-cancer-de-pele-tratamento/. Acesso em: 07 out. 2025.
[7] Silva ACda et al. Impactos negativos dos microplásticos à saúde humana associado ao uso de cosméticos. Disponível através do link: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/78970. Acesso em: 07 out. 2025.