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Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)

Ana Luíza Braga Souza, Esther Leides Silva Oliveira, João Vítor Nunes Alves, Larissa Alves de Souza, Rayandra Kethlyn Souza Teixeira, Thainara Marçal Pelegrino, Vinícius Souza Costa.

Graduandos do curso de Medicina (UFSJ-CCO)

v.2, n.12, 2024
Dezembro de 2024

A pneumonia é uma das doenças respiratórias mais antigas conhecidas pela humanidade, com uma história que remonta a milhares de anos. Embora ela tenha sido reconhecida desde os tempos antigos, sua compreensão e tratamento foram evoluindo ao longo do tempo. Na antiguidade, as pessoas muitas vezes atribuíam essa doença a causas místicas ou sobrenaturais, associando-a a castigos divinos ou influências demoníacas. No entanto, avanços na ciência médica gradualmente forneceram uma compreensão mais precisa dessa condição [1]. Hoje, a pneumonia permanece entre uma das principais causas de adoecimento e morte em todo o mundo. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) registra, anualmente, mais de 600 mil internações devido a esta doença [2].

A pneumonia é uma infecção respiratória que afeta os pulmões podendo variar de leve a grave, e que pode ser causada por uma variedade de microrganismos como as bactérias. Como existem diferentes tipos de pneumonia, o tratamento varia a depender do agente infeccioso envolvido. Bactérias como Streptococcus pneumoniae (Figura 1) são uma das principais causas de pneumonia bacteriana, enquanto vírus como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o vírus da gripe são comuns causadores  de pneumonia viral [3].

Os sintomas da pneumonia geralmente incluem tosse persistente, febre alta, dificuldade para respirar, dor no peito, fadiga (cansaço) e, em alguns casos, confusão mental, especialmente em idosos. Esses sintomas podem se desenvolver rapidamente ao longo de poucos dias ou podem piorar gradualmente ao longo de uma semana. O cuidado com a pneumonia deve ser maior nos extremos de idade (idosos e crianças) e naqueles pacientes que têm  o  sistema  imunológico  (sistema de defesa)  que não funciona  perfeitamente ou que já  encontra-se comprometido no combate a outras doenças [4].

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Figura 1: Bactéria Streptococcus pneumoniae.

Fonte: https://www.infectiousdiseaseadvisor.com/ddi/streptococcus-pneumoniae/

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações graves da doença, como insuficiência respiratória, sepse (infecção generalizada) e até mesmo morte. O raio-X de tórax e testes laboratoriais como exames realizados utilizando-se o sangue do indivíduo e exames que envolvam a cultura do microrganismo que causa a infecção auxiliam no diagnóstico e entendimento da situação em que o paciente se encontra. Este último exame, por exemplo, auxilia na descoberta de qual bactéria está causando uma pneumonia bacteriana e pode fornecer aos médicos informações importantes sobre ela para guiar a escolha do tratamento [1].

O tratamento da pneumonia geralmente envolve o uso de antibióticos para casos bacterianos e medidas de suporte, como repouso, hidratação adequada e oxigenoterapia (uso de oxigênio via máscara ou cateter, por exemplo), quando necessário [4]. Em casos graves, pode ser preciso realizar a internação hospitalar para monitoramento e tratamento intensivo [5].

 

Com relação à fonte de contaminação, a doença pode ser classificada como pneumonia hospitalar e pneumonia adquirida na comunidade (PAC). A prevenção da PAC, alvo do presente texto,  inclui medidas simples, como lavagem frequente das mãos, vacinação contra influenza e pneumonia pneumocócica, evitar fumar e evitar contato próximo com pessoas doentes, especialmente durante surtos de doenças respiratórias [4].

 

Em resumo, a PAC é uma condição respiratória séria que requer atenção. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, a maioria das pessoas se recupera totalmente. No entanto, a conscientização sobre os sintomas e a prevenção são essenciais para reduzir o impacto na comunidade dessa doença respiratória debilitante [5].

Referências Bibliográficas

[1] SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Arquivos - Dia mundial da pneumonia. Disponível através do link: https://sbpt.org.br/portal/t/dia-mundial-da-pneumonia/. Acesso em: 05 dez. 2024.

[2] DATASUS. Pneumonia - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Disponível através do link: https://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/niuf.def. Acesso em: 05 dez. 2024.

[3] Kumar V, et al. Robbins Patologia Básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

[4] Corrêa RdeA, et al. Diretrizes Brasileiras para Pneumonia Adquirida na Comunidade em Adultos Imunocompetentes - 2009. J Bras Pneumol. 2009; 35(6): 574-601. Disponível através do link: https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/qWmCZGwZRNcyLNB4LSDtrSx/ . Acesso em: 05 dez. 2024.

[5] Corrêa RdeA, et al. 2018 Recommendations for the Management of Community Acquired Pneumonia. J Bras Pneumol. 2018; 44(5): 405-424. Disponível através do link: https://doi.org/10.1590/S1806-37562018000000130. Acesso em: 05 dez. 2024.

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