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Em foco:
Instituto Butantan

Júlia Alves Camelo Brasil¹, Laísa Aparecida Santos², Lucas de Araújo Gomes¹, Maria Eduarda Ferreira Santiago¹, Sarah Alves Vilela Almeida²

¹Graduandos do curso de Medicina (UFSJ-CCO)

²Graduandas do curso de Enfermagem (UFSJ-CCO)

v.2, n.10, 2024
Outubro de 2024

Da peste bubônica ao COVID-19, o Instituto Butantan (Figura 1) acumula mais de um século de história. Atualmente referência nacional e internacional, este Instituto se consolidou com excelência no âmbito do desenvolvimento em saúde ao longo de suas décadas de existência.

Permeando o século XX, iniciou sua história no contexto da peste bubônica na região portuária de Santos, São Paulo, em que a abordagem pública se fez presente ao convocar dois médicos, Vital Brasil e Oswaldo Cruz, como resposta ao problema iminente [1].

 

A fazenda Butantan, localizada na zona-oeste da capital paulista, foi o local de instalação do laboratório em que Vital Brasil daria início a produção, sob demanda, do soro antipestoso e que, mais tardiamente, passaria a atuar de forma independente, apesar de todos os percalços e falta de recursos [2,3].

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Se  tornando  centro de pesquisa,  produção e  cultivo  de plantas medicinais para combate às constantes endemias de 1900, não só a carência de suporte financeiro, mas a saída de Vital Brasil da diretoria do Instituto em 1919 quase levou a seu colapso: o que poderia ter deixado uma grande lacuna para o país até o presente momento. Essa crise institucional revelou e ainda revela as dificuldades no que tange ao equilíbrio entre suporte financeiro, ética na ciência e regulamentação estatal para as atividades científicas, sendo estas de importância imprescindível para uma nação [2,3].

 

Desde 1950, o Instituto passou a ter um caminho menos tortuoso, se consolidando ainda mais na pesquisa e desenvolvimento de imunobiológicos. Tal fato aconteceu diante de um entendimento público mais veemente no que se refere à afirmação da ciência como estratégia digna e eficaz para trazer qualidade de vida e enriquecimento social [3]. Papel este que o Instituto centenário trouxe de volta à discussão na pandemia do coronavírus em 2020.

 

O eInstituto Butantan foi pioneiro no desenvolvimento da vacina CoronaVac no território nacional. Diante de um cenário de tanta incerteza e medo do desconhecido como este vivenciado pelo mundo, o Butantan reafirmou seu protagonismo e importância para a população brasileira e mundial, revelando-se inovador, promissor e sabidamente necessário [4].

Referências Bibliográficas

[1] Instituto Butantan. Histórico. Disponível através do link: <https://butantan.gov.br/institucional/historico>. Acesso em: 05 out. 2024.

[2] São Paulo. História do Butantã: Instituto Butantan. Disponível através do link: <https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/butanta/noticias/?p=100110>. Acesso em: 05 out. 2024.

[3] Teixeira LA. A trajetória do Instituto Butantan: pesquisa e produção de imunobiológicos para a saúde pública. Revista Brasileira de Inovação, v. 15, n. 1, p. 165–173, 2016. Disponível através do link: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649124>. Acesso em: 05 out. 2024.

[4] Instituto Butantan. CoronaVac possui alto perfil de segurança e baixa ocorrência de reações adversas; conheça as mais comuns. Disponível através do link: <https://butantan.gov.br/covid/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/coronavac-possui-alto-perfil-de-seguranca-e-baixa-ocorrencia-de-reacoes-adversas--conheca-as-mais-comuns>. Acesso em: 05 out. 2024.

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