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Em foco:
Instituto Nacional da Mata Atlântica

Júlia Maria Batista Lima, Wagner Cândido de Carvalho Junior, Yasmin Salete Alves Rodrigues

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Graduandos do curso de Enfermagem (UFSJ-CCO)

v.2, n.9, 2024
Setembro de 2024

O Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA - Figura 1) foi criado por intermédio da Lei nº 12.954, conhecida como a “Lei de acesso aos recursos genéticos e repartição de benefícios”. Esta foi sancionada em 05 de fevereiro de 2014.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) recebeu para o Museu de Biologia Professor Mello Leitão, fundado por Augusto Ruschi em 1949 e que tinha como finalidade principal o estudo, pesquisa e desenvolvimento da História Natural e Antropologia. Decidiu então por, em 5 de fevereiro de 2014, incorporá-lo à estrutura do INMA: uma unidade de pesquisa do MCTI [1].

O INMA, tem sua sede localizada na área urbana do município de Santa Teresa, no estado do Espírito Santo, onde são desenvolvidas atividades administrativas, científicas, museológicas e educativas [2].

 

É uma instituição científica, tecnológica e de inovação conforme a Lei nº 10.973/2004, conhecida como “Lei de inovação tecnológica”. Esta estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no Brasil, além de rever incentivos fiscais e mecanismos de apoio financeiro para atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação, visando fortalecer o ambiente de inovação no país. 

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O INMA preserva valioso acervo biológico formado por cerca de 120.000 espécimes da fauna e 53.000 registros da flora brasileira, sobretudo da Mata Atlântica. Também é responsável por gerenciar duas áreas de conservação próximas à sua sede: a Estação Biológica de São Lourenço e a Estação Biológica de Santa Lúcia – compartilhada com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e Associação de Amigos do Museu Nacional [2,3].

O Instituto (Figura 2) possui a missão de realizar pesquisa, promover a inovação científica, formar recursos humanos, conservar acervos e disseminar conhecimento nas suas áreas de atuação (relacionadas à Mata Atlântica). Assim sendo, atua propiciando ações para a conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida da população brasileira [4].

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O INMA tem desempenhado um papel crucial na pesquisa científica da Mata Atlântica. Ele abriga coleções científicas de fauna e flora que são vitais para o estudo e a preservação da biodiversidade. Estas coleções são recursos inestimáveis para pesquisadores do Brasil e do mundo [1].

 

O Instituto também se destaca em suas iniciativas educacionais. Programas de educação ambiental promovem a conscientização sobre a importância da Mata Atlântica e a necessidade de sua preservação. Essas iniciativas são essenciais para engajar a comunidade local e visitantes no esforço de conservação.

O INMA tem estabelecido parcerias com universidades, ONGs e outras instituições de pesquisa, tanto nacionais quanto internacionais. Essas colaborações vem ampliando o impacto de suas ações e contribuem para a troca de conhecimentos e melhores práticas na área de conservação [2].

Um dos maiores desafios enfrentados pelo Instituto é a limitação de recursos financeiros. O financiamento insuficiente compromete a manutenção das coleções científicas, a realização de pesquisas de campo e o desenvolvimento de novos projetos. A dependência de recursos governamentais e doações limita a capacidade de se planejar a longo prazo.

 

Embora o INMA possua uma infraestrutura básica, ela é frequentemente insuficiente para atender às suas necessidades de maneira completa. A falta de equipamentos modernos e instalações adequadas para a conservação das coleções científicas pode prejudicar a qualidade e a eficiência do trabalho realizado.

 

A burocracia e a gestão ineficaz de recursos são problemas que afetam muitas instituições públicas no Brasil, e o INMA não é exceção. Procedimentos administrativos lentos e complexos podem atrasar projetos e dificultar a implementação de iniciativas importantes. Além disso, a rotatividade de pessoal e a falta de continuidade em algumas gestões podem afetar a consistência e a qualidade do trabalho do instituto [6].

 

O INMA é uma instituição vital para a conservação de um dos biomas mais importantes e ameaçados do Brasil. Sua contribuição para a pesquisa científica e a educação ambiental é inegável. No entanto, para que realize plenamente seu potencial, é crucial que se superem desafios como a limitação de financiamento, a infraestrutura insuficiente e a burocracia. A resolução desses problemas permitirá que o instituto continue a ser uma referência na preservação da Mata Atlântica, assegurando que este patrimônio natural seja protegido para as futuras gerações.

Referências Bibliográficas

[1] Instituto Nacional da Mata Atlântica – INMA. O INMA. Disponível através do link: < https://www.gov.br/inma/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/o-inma>. Acesso em: 08 set. 2024.

[2] Ministério da ciência, tecnologia, inovação comunicação. INMA - O Instituto. Disponível através do link: < http://antigo.inma.gov.br/instituto/ >. Acesso em: 08 set. 2024.

[3] Instituto Nacional da Mata Atlântica. Disponível através do link: <https://www.gbif.org/pt/publisher/667644b9-7b93-4892-80c7-c4271735c515>. Acesso em: 08 set. 2024.

[4] Instituto Nacional da Mata Atlântica. Missão. Disponível através do link: < https://www.gov.br/inma/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/missao  >. Acesso em: 08 set. 2024.

[5] Ministério da ciência, tecnologia, inovação comunicação. Instituto Nacional da Mata Atlântica. Disponível através do link: < https://www.gov.br/mcti/pt-br/composicao/rede-mcti/instituto-nacional-de-mata-atlantica >. Acesso em: 08 set. 2024.

[6] Instituto Nacional da Mata Atlântica. Plano estratégico 2021 – 2030. Disponível através do link: < https://www.gov.br/inma/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/planejamento-estrategico/plano-estrategico-inma-2021-2030.pdf/view >. Acesso em: 08 set. 2024.

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