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Entrevista:
Cristina Lelis Leal Calegario

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CRISTINA LELIS LEAL CALEGARIO

Cristina Lelis Leal Calegario é doutora em Economia Aplicada pelo Departamento de “Agricultural and Applied Economics” da Universidade da Georgia/USA (2005), tendo realizado Estágio Sênior no Departamento de “Management & Global Business” da Universidade Rutgers (2015-2016). É consultora Ad hoc da Capes e pesquisadora. Cristina é Professora Titular da Universidade Federal de Lavras (UFLA) com experiência na área de Economia Industrial e Negócios Internacionais. 

Anna Flávia Candido¹, Camile Araújo¹, Julia Rodrigues Barros¹, Kaique Bruno da Silva Paixão¹, Luiza Cristina¹, Mariana Almeida¹, Maria Vitória¹, Nayara Ferreira¹, Yago Nunes²

¹Graduandos do curso de Bioquímica (UFSJ-CCO)

²Graduando do curso de Medicina (UFSJ-CCO)

v.2, n.4, 2024
Abril de 2024

1. Quando percebeu que possuía interesse por ciência?

Quando terminei a graduação e percebi que queria estudar mais. Antes só  pensava em me graduar para trabalhar.  Mas algo parecia estar faltando; não era insegurança, mas um querer me especializar mesmo. Observava minhas professoras que tinham estudado no exterior e achava muito impressionante o esforço delas.

 

2. Teve dúvidas ao realizar a escolha do curso de graduação?

Tive muita! Sofri, para dizer a verdade! Tinha medo de fazer a escolha errada. Queria cursar a Economia Doméstica que era um curso antigo e muito interessante, mas pouco reconhecido. Basicamente este era frequentado por mulheres e dizia-se ser fácil de conseguir o ingresso. Isto me incomodava! Mas me arrisquei: depois de obter muita informação  a respeito; e acertei!

 

3. O que considera ter sido decisivo em sua escolha por seguir a carreira científica?

Aprofundar mais o conhecimento, ser reconhecida por uma área específica e pela independência que o trabalho oferece. 

 

4. Qual a principal motivação para seguir trabalhando com ciência no Brasil?

A carência do país! Quando a gente inicia e vê que são poucos profissionais que se dedicam, vem um certo desespero e a gente não quer parar. Além disso, é muito prazeroso a descoberta de um estudo!

 

5. Qual a principal dificuldade que enfrenta trabalhando com ciência no Brasil?

O baixo estímulo, seja reconhecimento, financiamento e também a baixa procura por estudantes em querer se dedicar a pesquisa.

 

6. O que gostaria de dizer para quem deseja seguir a carreira científica?

Que é uma carreira que traz enormes benefícios para os pesquisadores porque oferece independência nas escolhas, satisfação nas descobertas, uma certa diferenciação do profissional cientista daquele que não seguiu a carreira e que é viciante, impossível querer parar. No entanto, espera-se muita dedicação e com retornos demorados, principalmente financeiros.

 

7. Como a sociedade brasileira pode valorizar mais a importância da pesquisa científica e da ciência em geral?

Reconhecendo os pesquisadores como profissionais que se dedicam exclusivamente à geração de conhecimento e que são fundamentais para o desenvolvimento do país, além de destinar recursos para as diferentes áreas, reconhecendo o potencial de cada uma delas. Principalmente oferecendo incentivo para estudos no exterior. 

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