
Entrevista:
Roberta Lane de Oliveira Silva

ROBERTA LANE DE OLIVEIRA SILVA
Biológa e Mestre em Agronomia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e doutora em Biotecnologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atua nas áreas de Genética Molecular, Bioinformática e Biotecnologia. Atualmente é residente pós-doutoral na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) em Divinópolis, desenvolvendo pesquisa que envolve a interação da soja com uma bactéria patogênica causadora da pústula bacteriana (uma importante doença que prejudica a cultura globalmente).
v.3, n.9, 2025
Setembro de 2025
Quando percebeu que possuía interesse por ciência?
Durante a minha adolescência assistia a vários documentários, séries e programas envolvendo Ciências, além de ter tido excelentes professores de Biologia no ensino médio que me inspiraram. Acredito que esses fatores contribuíram para o meu interesse pelo curso de Ciências Biológicas.
Teve dúvidas ao realizar a escolha do curso de graduação?
Não, me informei sobre o curso através de uma revista chamada “Guia do Estudante”, que comentava sobre diversas profissões. Ao ler o perfil do Biólogo e as áreas de atuação, tive certeza que era esse o caminho que gostaria de seguir profissionalmente.
O que considera ter sido decisivo em sua escolha por seguir a carreira científica?
Meu perfil colaborou, sempre fui muito organizada, curiosa, questionadora, e gosto de desafios. Acredito que esses são alguns dos requisitos básicos para ser um bom pesquisador.
Por qual razão optou por dedicar-se à área de estudos na qual realiza suas pesquisas?
As oportunidades foram surgindo durante a graduação e pós-graduação e acabei me identificando com diferentes áreas, incluindo Bionformática, Biotecnologia, Genética e Microbiologia. Mas o meu xodó é a Biologia Molecular.
Qual a principal motivação para seguir trabalhando com ciência no Brasil?
Uma das minhas maiores motivações é a possibilidade de gerar impactos socioeconômicos a partir das nossas pesquisas, além de contribuir para a formação e capacitação de bons profissionais, que seguirão fazendo Ciência de qualidade no nosso país.
Qual a principal dificuldade que enfrenta trabalhando com ciência no Brasil?
A limitação de recursos e infraestrutura adequada sempre serão os maiores desafios para o desenvolvimento de pesquisas de ponta no Brasil. Infelizmente, a Ciência ainda é pouco valorizada no nosso país.
O que gostaria de dizer para quem deseja seguir a carreira científica?
A carreira científica é uma jornada que exige dedicação, resiliência e, acima de tudo, paixão por aprender. Se você tem um perfil comprometido, curioso e criativo, acredite no seu potencial, siga em frente e aproveite a jornada!
Quais os principais conselhos que você daria para quem está começando a carreira científica agora?
Leia bastante, procure um bom orientador e colegas que possam te auxiliar nas dificuldades e no seu crescimento profissional; desenvolva o pensamento crítico e seja ético em todas as suas decisões. Por fim, priorize a sua saúde física e mental: você vai precisar se manter equilibrado para vencer essa jornada!