
Entrevista:
Adriano Guimarães Parreira

ADRIANO GUIMARÃES PARREIRA
Biólogo, Mestre e Doutor em Microbiologia, Adriano Parreira é divinopolitano, filho de pai caminhoneiro e mãe professora de ensino fundamental de escola pública. Atualmente é professor universitário na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e técnico na Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). Seu objetivo principal é seguir evoluindo, a através da pesquisa científica buscar soluções que gerem impacto positivo para a sociedade em geral.
Por Christopher Santos Silva¹, Fernanda Maria Policarpo Tonelli²
¹Graduando do curso de Bioquímica da UFFS-CCO
²Editora chefe do "À Luz da Ciência"
v.3, n.6, 2025
Junho de 2025
Quando percebeu que possuía interesse por ciência?
Ao longo do Ensino Médio, nas poucas, mas muito estimulantes e interessantes aulas práticas de Biologia que aconteciam no modesto Laboratório da Escola Estadual Santo Tomás de Aquino, em Divinópolis MG.
Teve dúvidas ao realizar a escolha do curso de graduação?
Sim. Inclusive ingressei em outro curso de graduação e o abandonei ainda no primeiro semestre até decidir assertivamente acerca da melhor escolha.
O que considera ter sido decisivo em sua escolha por seguir a carreira científica?
A escolha pela carreira científica foi fortemente influenciada pelo estímulo e orientação recebidos de minha professora de Biologia no ensino médio, cujo entusiasmo e comprometimento foram fundamentais para despertar meu interesse pelas ciências.
Por qual razão optou por dedicar-se à área de estudos na qual realiza suas pesquisas?
A escolha pela área de Microbiologia como campo de estudos deu-se em razão do interesse despertado durante as aulas de disciplina, ministradas na universidade, as quais evidenciaram não apenas a complexidade e relevância dos microrganismos, mas também a ampla gama de aplicações práticas e teóricas que a Microbiologia oferece no âmbito científico e profissional.
Qual a principal motivação para seguir trabalhando com ciência no Brasil?
Possibilidade de retorno à comunidade, com novas descobertas potencialmente impactantes do ponto de vista social, científico ou econômico, e que sejam úteis e relevantes para a população brasileira como um todo, merecedora de retornos pelo pagamento dos impostos que financiam todas as atividades da Universidade Pública.
Qual a principal dificuldade que enfrenta trabalhando com ciência no Brasil?
Financiamento, sobretudo pela dificuldade na aprovação de projetos de pesquisa por agências de fomento, quando recém doutor, o que inclusive foi motivo de frustração e desânimo.
O que gostaria de dizer para quem deseja seguir a carreira científica?
Ser cientista é ser um construtor do futuro — alguém que transforma ideias em soluções, dúvidas em descobertas, e problemas em progresso. O Brasil precisa de mentes criativas e corajosas para enfrentar os desafios sociais, ambientais e tecnológicos do nosso tempo. A carreira científica exige dedicação, mas também traz recompensas únicas: contribuir para o bem comum, expandir os limites do conhecimento e inspirar outras pessoa.